Em 6 de maio de 2010, o mercado financeiro mundial foi abalado por um fenômeno que ficou conhecido como flash crash. Durante a manhã daquele dia, o mercado norte-americano havia aberto em alta e tudo parecia estar caminhando para um pregão positivo. Entretanto, por volta das 14h30min, uma grande desvalorização tomou conta das ações, que caíram abruptamente em questão de minutos.

O flash crash, que foi provocado por uma série de eventos ocorridos naquele dia, teve como principal causa a negociação em alta frequência (HFT, em inglês), que é um processo de compra e venda de ações executado por computadores em milissegundos. No entanto, a velocidade da negociação eletrônica acabou gerando erros de negociação, que propagaram-se em cascata pelo mercado, causando uma grande volatilidade nas cotações.

O impacto do flash crash foi enorme para o mercado financeiro global. A desvalorização das ações afetou não só o mercado norte-americano, mas também mercados europeus e asiáticos. Além disso, a confiança dos investidores em relação ao mercado financeiro e à negociação eletrônica ficou abalada, o que levou a uma série de questionamentos e mudanças regulatórias.

Após o flash crash, houve uma revisão das regras de negociação eletrônica e a adoção de medidas de controle de volatilidade, como limites de oscilação para as cotações das ações. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos EUA lançou uma investigação para apurar as causas do flash crash e emitir recomendações aos reguladores do mercado.

Em conclusão, o flash crash de 2010 foi um acontecimento marcante na história do mercado financeiro mundial, que evidenciou os riscos da negociação eletrônica em alta frequência e acelerou a adoção de medidas de controle de volatilidade. De lá para cá, o mercado financeiro tem sido cada vez mais regulado e monitorado pelos órgãos reguladores, o que tem contribuído para garantir a estabilidade e a confiança dos investidores em relação aos mercados de valores.