A Iowa Gambling Task (IGT) é uma tarefa desenvolvida por Antoine Bechara e seus colegas da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Ela foi criada para estudar a tomada de decisão em situações de risco, como em jogos de azar ou em outras situações em que as consequências das escolhas não são totalmente conhecidas. É uma tarefa que exige a escolha entre cartas de baralho que podem levar a ganhos ou perdas financeiras.

A tarefa consiste em quatro baralhos de cartas, cada um com um padrão diferente de ganhos e perdas. Os participantes são instruídos a escolher cartas de qualquer um dos baralhos, com o objetivo de acumular o máximo de ganhos e minimizar as perdas. Nos dois baralhos vantajosos, as cartas possuem um ganho maior a longo prazo, enquanto nos outros dois desvantajosos, as cartas possuem um ganho menor a longo prazo.

O interessante da Iowa Gambling Task é que ela expõe as pessoas a situações de tomada de decisão em que os resultados são incertos. Isso permite que os pesquisadores estudem como as pessoas lidam com o risco e como tomam decisões em diferentes contextos. Além disso, a tarefa tem sido usada em estudos de neuropsicologia para investigar o papel de diferentes regiões cerebrais no processo de tomada de decisão.

A partir dos resultados da tarefa, os pesquisadores podem identificar padrões de comportamento que são associados a diferentes regiões do cérebro. Por exemplo, estudos mostram que pessoas com lesões na região pré-frontal do cérebro tendem a escolher cartas do baralho desvantajoso com mais frequência, indicando uma menor habilidade em lidar com situações de risco.

A Iowa Gambling Task tem sido amplamente utilizada em estudos de neuropsicologia, mas também em outras áreas, como a economia comportamental, a psicologia social e a psiquiatria. Ela tem sido utilizada para estudar desde o comportamento de indivíduos com transtornos de ansiedade até a relação entre tomada de decisão e vício em jogos de azar.

Em resumo, a Iowa Gambling Task é uma ferramenta importante para estudar o comportamento humano em relação à tomada de decisões em situações de risco. Ela tem sido amplamente utilizada em estudos de neuropsicologia e em outras áreas relacionadas ao comportamento humano, e tem o potencial de nos ajudar a entender melhor como as pessoas tomam decisões em diferentes contextos.